Qualquer miserável tem preconceito

Urariano Motta, Direto da Redação

“Em um vídeo que corre na internet, um miserável apresentador da RBS/TV Globo em Santa Catarina (foto) expressa miseráveis ideias, se assim podemos chamá-las sem faltar ao respeito ao adjetivo miserável e ao substantivo idéia. Suas pragas correm em um vídeo no YouTube, ( Veja o vídeo ) onde um animal raivoso vocifera, zurra, ao afirmar que a culpa do caos no trânsito se deve ao fato de que “hoje qualquer miserável tem um carro”.

E mais orneja, como se falasse: “o sujeito mora apertado numa gaiola,que hoje chamam de apartamento, não tem nenhuma qualidade de vida, mas tem um carro na garagem. E esse camarada casado, como não suporta a mulher dele, nem a mulher suporta ele, sai. Vão pra estrada. Vão se distrair, vão se divertir. E aí, inconscientemente, o cara quer compensar suas frustrações, com excesso de velocidade. Tem cabimento o camarada não vencer a curva? Como se curva fosse feita para vencer... Então é isso, estultícia, falta de respeito, frustração, casais que não se toleram, popularização do automóvel, resultado desse governo espúrio, que popularizou pelo crédito fácil o carro para quem nunca tinha lido um livro. É isso”.

É claro que nesse gênero de expressão ele não está só, como vimos nas últimas manifestações de preconceito contra nordestinos em São Paulo. A unificar tais coices avulta sempre um poderoso preconceito de classe. Salta aos olhos nos últimos tempos a raiva, a indignação da classe média frente aos novos consumidores de bens que ela julgava ser sua exclusividade. Pois os pobres, de repente, ao fim do governo Lula, danaram-se e começaram a entrar e sair dos aeroportos – “qualquer miserável hoje anda de avião”. De repente, acharam de jantar com a família nos restaurantes aos domingos – qualquer miserável hoje paga um jantar em restaurante bacana. Ousaram – suprema ousadia - comprar imóveis. Qualquer miserável hoje pode largar o pagamento do aluguel.”
Artigo Completo, ::Aqui::

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