Cara de tacho


Menalton Braff, Revista Bula

“Se você nunca se sentiu com cara de tacho, não precisa ler esta crônica até o fim, pois quem não passou por tal experiência não vai entender o que certa vez se passou comigo. Esta é uma história que ninguém me contou. Eu a vivi ao vivo com as cores do rubor da face.

Era a década de setenta e eu já andava com mania de escrever. Mania que me vinha de longe e de que não consegui até hoje me desfazer. Descobri, já nem me lembro como, lá perto da PUC de São Paulo, uma livraria frequentada, principalmente, por escritores e aspirantes. Estar entre eles, pensei, me fará não um igual, que não tenho tanta pretensão, mas, pelo menos, e num grau mais baixo, um assemelhado. Comprei alguns livros, fiz amizade com o Wladyr Nader, dono da livraria e hoje professor de jornalismo na PUC de São Paulo, tomei algumas cervejas com famosos e outros nem tanto num barzinho ao lado da livraria.

Quase todo sábado, meu dia de folga, marcava ponto na Livraria Escrita. Foi lá que conheci o João Antônio, num lamentável lançamento de livro (chovia canivete de ponta naquela sexta-feira tenebrosa); o Dyonélio Machado, de passagem por São Paulo bateu papo com a gente; o Jamil Almansur Haddad, depois de ter lançado na França, veio à livraria do Wladyr lançar o “Avis aux Navigateurs”.
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