As pessoas mudam? O mundo muda?

Dal Marcondes, CartaCapital

“Uma questão corriqueira da vida das pessoas é sobre a mudança. Serão as pessoas capazes de mudar, de transformar seu modo de ver o mundo e, com isso, implementar mudanças em seu comportamento? Todos os dias a gente ouve frases do tipo: não adianta, as pessoas não mudam. No entanto o mundo passa todo o tempo por transformações e existe a crença de que, com trabalho e esforço é possível mudar pessoas e realidades. Quando o Judiciário manda um transgressor para a prisão para cumprir um tempo de pena é uma aposta da sociedade de que aquela pessoa pode mudar de vida, tornar-se uma pessoa útil, ou ao menos uma pessoa que não seja um perigo ou transtorno para a sociedade.

Acreditar que as pessoas podem mudar é parte fundamental da construção de um futuro onde a qualidade de vida seja a prioridade para a sociedade. O discurso dogmático de que as coisas vão mal e continuarão a ir mal até que o fim é repetido por muitas pessoas. No entanto, a análise um pouco mais distanciada mostra que o mundo é uma realidade em permanente transformação, com pessoas, organizações, empresa e governos em mutação contínua. As pessoas crescem, evoluem, estudam, trabalham, formam novas amizades, se apaixonam e mudam.

Defender ou acreditar na estagnação como sendo a dinâmica do mundo é ter um olhar míope sobre a realidade. É não compreender que a humanidade é movida a desafios, sejam projetos pessoais, ou mais amplos, como desejos sociais. Nos últimos dias vimos, por exemplo, os desejos da sociedade egípcia transformarem a realidade de um país que viveu décadas de ditadura. E não dá para dizer que isto é lá, e não cá, porque aqui também tivemos um grande levante contra a ditadura que culminou na redemocratização do país.”
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