Na luta pelos direitos humanos

Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação

“E Hosny Mubarak foi embora com seus bilhões de dólares acumulados ao longo dos 30 anos de ditadura. O vice Omar Suleiman, o querido de Israel e que cuidava do serviço secreto egípcio, fez o anúncio e passou a bola para o Comando das Forças Armadas, do qual faz parte, entre outros, o Marechal Hussein Tantawi, segundo várias fontes, vinculado aos Estados Unidos e ligadíssimo a Mubarak.

O problema agora é o chamado pós, ou seja, se vai prevalecer mesmo a voz rouca das ruas que clama por transformações ou acontecerá o velho esquema do mudar para não mudar, esquema preferencial dos Estados Unidos e de Israel. Nesse sentido, os manifestantes da praça Tahir, no Cairo, já criaram um conselho para negociar a transição com os militares e tentar evitar jogadas para continuar tudo como era antes apenas mudando a fachada.

Por falar em Israel, aproveitando o fato de o mundo estar voltado para os acontecimentos no Egito, a aviação israelense destruiu uma fábrica de medicamentos ao bombardear a Faixa de Gaza, o que agravará a situação humanitária do povo palestino naquela área. E isso aconteceu sob quase total silêncio da mídia de mercado, que apenas “informou” em reduzidas linhas ter havido um ataque aéreo a Gaza em represália a ataques de foguetes (caseiros) em território israelense sem provocar vítimas.

O Globo, por exemplo, além de não dar uma linha sobre mais este crime cometido pelo governo extremista de Benyamin Netanyahu, apareceu com uma manchete que dá bem a ideia do tipo de jornalismo que pratica, afirmando que “A Praça derruba o ditador”. Os editores preferiram não arriscar em colocar que “O Povo derruba o ditador”, optando pela “Praça”. E é sempre bom lembrar que só depois de pronunciamentos de Hillary Clinton e Barak Obama contra Mubarak é que o ex-dirigente egípcio passou a ser tratado como ditador pelas Organizações Globo. Antes era Presidente para lá e para cá.

Quanto ao Irã, continua a sofrer pressões não só de Washington como de outros países que se alinham automaticamente com a potência hegemônica. O cachorrinho dos EUA, Tony Blair, foi substituído pelo não menos cachorrinho Primeiro Ministro britânico David Cameron e continua a fazer o que o governo dos EUA exige.”
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