Deixem-me dormir

Leila Cordeiro, Direto da Redação

“Cientistas descobriram essa semana um determinado elemento no DNA de algumas pessoas que faz com que durmam pouco e mesmo assim sejam mais magras, bem-humoradas , otimistas e cheias de energia. Que maravilha, não? Mas acho que não faço parte desse grupo, pois durmo pouco, mas não por causa do DNA, e sim pelo que acontece pelo mundo que volta e meia me tira o sono.

Mas não quero comentar nada disso pois preciso fazer parte do grupo dos que não dormem, verdadeiros “zumbis”dos novos tempos, mais alegres e saudáveis, por isso não vou falar da mãe que em Nova Iorque, por causa de uma disputa com o ex-marido pela guarda dos filhos, colocou as quatro crianças dentro do carro e dirigiu-se às margens do Rio Hudson.

Lá, ela liberou o mais velho de dez anos, e jogou-se no rio com os tres filhos menores de cinco, tres e onze meses de idade.O menino ainda procurou ajuda da polícia, mas quando os policiais chegaram já era tarde, todos já tinham morrido afogados dentro do carro e o filho sobrevivente foi levado para um orfanato.

Nem vou relembrar também o terremoto e tsunami do Japão onde 30 mil pessoas morreram ou estão desaparecidas e a cada dia aumenta o perigo de um desastre nuclear por causa dos danos causados ao principal reator do país. Quero dormir! Prefiro pegar no sono do que ser uma inveterada otimista acordada e pensar nas famílias órfãs de seus filhos mortos na matança da escola de Realengo.

E imaginar que essa monstruosidade toda que tirou a vida de 12 inocentes e feriu mais 12, poderia ter sido evitada se houvesse um maior controle da venda de armas no Brasil. O assassino comprou-as de dois outros bandidos, tremendos caras de pau, que disseram estar arrependidos e que não as teriam vendido se soubessem para o que era. Ora! Para boa coisa é que não seria, não é mesmo? Faça-me rir e dormir...para esquecer tantos acontecimentos ruins e sem explicação.”
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