Os sabores de Fernando Pessoa (última parte)

Lecticia Cavalcanti, Terra Magazine

"Durante a vida, Fernando Pessoa experimentou muitas bebidas. "Ah, bebe! A vida é boa ou má/ o que lhe demos é o que ela dá". Enquanto conviveu com Sá-Carneiro era o absinto. Logo o abandonando em razão dos problemas gástricos que lhe causava. "Eu o fumador de cigarros por profissão adequada/ O indivíduo que fuma ópio, que toma absinto...

Houve período em que preferiu uísque. Também apreciava vinhos, Moscatel e do Porto, bem como alguns brancos (Bucelas e Gaeiras) e tintos (Colares) de mesa. "Dá-me mais vinho porque a vida é nada", escreveu o poeta. Gostava de harmonizar pratos e vinhos. "Comi melão retalhado e bebi vinho depois".

MELÃO COM PRESUNTO INGREDIENTES: 1 fatia grossa de melão, gotas de limão, pimenta do reino, fatias finas de presunto.
PREPARO: * Coloque, sobre o melão, gotas de limão e pimenta do reino.
* Arrume, ao lado do melão, as fatias de presunto.
* Deixe na geladeira até a hora de servir.


Mas gostava mesmo era da "bagaceira" (aguardente de uva) e do brandy de Macieira. Curiosamente, em seus tempos de publicitário, o único comercial que fez de bebidas foi da Coca-Cola, para quem criou a frase - "primeiro estranha-se, depois entranha-se". Pessoa "bebia demais", segundo sua própria sobrinha Manuela Nogueira. E em quantidades, a cada ano, maiores. Mas ele próprio justificava, "se um homem escreve bem só quando está bêbado dir-lhe-ei: embebede-se. E se ele me disser que o seu fígado sofre com isso, respondo: o que é o seu fígado? É uma coisa morta que vive enquanto você vive, e os poemas que escrever vivem sem enquanto". Assim foi. Tanto que morreu por conta de uma pancreatite, comum em alcoólicos.”
Foto: Aguardente Bagaceira (feita da uva) da Adega de Borba,
em Portugal / Divulgação
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