Sobre o Hino Nacional Brasileiro

Ricardo de Mattos, Digestivo Cultural

"A música está em tudo. Do mundo sai um hino" (Victor Hugo).

Somos do tempo em que o Hino Nacional Brasileiro era ensinado e cobrado com rigor na escola. Era nossa obrigação pesquisar as palavras desconhecidas, copiá-lo determinado número de vezes e decorá-lo para a temível chamada oral e individual. Esta prova era um recurso das professoras, pois as deficiências imperceptíveis em meio aos colegas revelavam-se no cantar isolado. A trabalheira da época converteu-se em gosto sincero pela música dedicada a simbolizar oficialmente nosso país. É comovente quando os primeiros acordes são emitidos e logo as pessoas demonstram lembrar a letra.

Foi surpreendente descobrir que a introdução, hoje apenas instrumental, também já teve uma letra para ser cantada. Recebemos por e-mail o vídeo no qual uma senhora explica como era na sua época e canta a parte até então para nós desconhecida. Ei-la:

"Espera o Brasil que todos cumprais com o vosso dever
"Eia! avante, brasileiros! Sempre avante
"Gravai com buril nos pátrios anais o vosso poder
"Eia! avante, brasileiros! Sempre avante

"Servi o Brasil sem esmorecer, com ânimo audaz
"Cumpri o dever na guerra e na paz
"À sombra da lei, à brisa gentil
"O lábaro erguei do belo Brasil
"Eia sus, oh sus!"

Atualmente o ensino é obrigatório em escolas públicas e particulares. Ignoramos como isto é feito. Dada a má qualidade do ensino e o desânimo que assola o professorado, suspeitamos que péssima gravação em CD tocada para que alunos insatisfeitos mexam a boca seja um quadro freqüente. Porquanto deficitário o estímulo, apostamos ainda que no futuro recrudescerão as vozes defensoras da substituição da peça ou, ao menos, da "atenuação" da letra. Volta e meia alguém cisma de investigar a este respeito. Em nossa opinião, a única música a altura seria Aquarela do Brasil, de Ary Barroso.”
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