Dia Mundial Sem A Humanidade


Eberth Vêncio, Revista Bula

“Não seja tão grosseiro”, ele recomendou que eu evitasse trocadilhos, comentários depreciativos, tentativas de fazer piadas com a fé alheia nos meus textos literários. “Se você não crê em Deus (ele disse assim) é problema seu. Esmere-se nos textos tristes. Gosto muito dos seus textos tristes”, emendou, percebendo o meu abatimento subitâneo após a “crítica construtiva”.

As críticas construtivas acabam por me destruir um pouco mais. Eu me abato facilmente. Fazer o quê? A vida é assim mesmo, uma infindável desconstrução, “uma coleção de perdas”, como diria o escritor Edival Lourenço.

Para encerrar o papo, meu quase algoz amigo Léo Galinha comentou, com todo o desdém peculiar a um homem de convicções políticas extremistas, que o discurso da Presidente Dilma na ONU fora uma “porcaria”. “Você viu?”.  Não, eu não vi.

Pela primeira vez na história, uma mulher fora incumbida de abrir a Assembleia Geral das Nações Unidas. “Do jeito que as coisas estão caminhando, já-já vão colocar um presidente viadinho pra discursar na ONU, porque um analfabeto já fez isto, você sabe...”, completou o meu carrancudo interlocutor desprovido de qualquer compaixão crstica. Não, eu não sabia.  

Mas o assunto de hoje não é o marco histórico cravado pela Presidente do Brasil — uma mulher brasileira convalescente de câncer linfático e que abdicou da autocomiseração para se manter no complexo e muitas vezes mal cheiroso xadrez político — no plenário mais importante do planeta, muito menos, as admoestações de Leontino Damaceno Beltrão e Silva, mais conhecido no bairro como Léo Galinha, por conta da sua avidez pela mulherada acima de quarenta quilos, embora seja “casado há séculos” (este chiste é de autoria do próprio).”
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