Flávio Paranhos, Revista Bula
“(O pequeno artigo abaixo saiu em 2006 na
Bula, mas estou ressuscitando-o por conta de ter visto “Matrix” numa lista de
filmes mais bem avaliados do site IMDB, em que figura na vigésima primeira
posição)
Em junho de 2003 publiquei um artigo no
jornal “O Popular” (Descarregando Matrix), em que aproveitava o gancho do filme
para traçar um paralelo entre os arrasa-quarteirões hollywodianos e a situação
geopolítica norte-americana. Resumindo, eu dizia que as estorinhas batidas
desses filmes invertiam o que acontecia na prática. Nos filmes, uma minoria de
lunáticos que acreditava ser capaz de vencer forças do mal incomparavelmente
mais poderosas, acabava vencendo mesmo, against all odds. Na vida real, os EUA
é que eram os Matrix e Darth Vader da vida. Eu ficava (e ainda fico) curioso em
saber como o americano médio se comportaria se tivesse essa clarividência.
O fato é que, como aproveitei pra descer a
lenha nesse filminho de luta metido a besta, recebi tanta porrada por e-mail
que quase entrei pra mesma academia de Neo, aquela em que se aprende rapidinho
e sem esforço. Pois caí na besteira de descer a lenha nessa porcaria outra vez,
contraindicando-o na Bula. Pelo visto, apesar de ter um ou outro admirador
contido e racional, ciente das (muitas) limitações do filme, “Matrix” enseja a
existência de fanáticos que competem com os de “Jornada nas Estrelas” pelo
troféu de campeão de falta de noção de ridículo.”
Artigo Completo, ::Aqui::
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