João Batista Herkenhoff, Direto da Redação
“Reencontrar a infância é descobrir o
menino que vive dentro de nós. Esse reencontro exige um despojamento.
Libertar-se de amarras.
Grilhões nos prendem: agenda, compromissos
de mil espécies, coisas a comprar, projetos de “ter”. Ter cada vez mais, como
se a vida fosse uma conta-corrente. Mais importante é “ser”: ser falho, ser
autêntico, ser pessoa, ser feliz.
Fernando Sabino e Rubem Braga foram sócios
numa editora que fundaram e afundaram. Já pelo nome escolhido para a casa –
Editora Sabiá, podemos concluir que o projeto era mais poético do que
econômico. O sabiá é uma ave especialmente amada pelos poetas: "minha
terra tem palmeiras onde canta o sabiá - as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam
como lá" (Gonçalves Dias); "vou voltar para o meu lugar - e é lá - que
eu hei de ouvir cantar - uma sabiá" (Chico Buarque).
Fernando Sabino, bem mineiro, estava
preocupado com compromissos que se acumulavam sem as competentes providências.
Rubem Braga desanuviou a mente do companheiro de aventura editorial: “Desde
quando temos de resolver todas as coisas, Fernando”?
O mundo precisa mais de sonho do que de
pragmatismo. Esse povo que faz guerra, que joga bomba em cidades matando
populações civis, não pertence ao grupo que sonha. Esse povo justifica sua
conduta em argumentos pragmáticos.”
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