A grande tela da crise


Com obras bastante contextuais, a 6ª Bienal VentoSul mostra a face inquieta da arte contemporânea mundial

Rafaela Tasca, Brasil de Fato

“Sob o desafiador tema “Além da Crise”, a capital paranaense abriga até o mês de novembro a 6a VentoSul, um importante evento internacional de arte contemporânea que, a partir deste ano, também passa ser chamado de Bienal de Curitiba. Para conduzir a ousada proposta curatorial, os críticos de arte Alfons Hug (Alemanha) e Ticio Escobar (Paraguai) foram convidados a pensar sobre a posição da obra de arte diante de uma cultura definida em grande parte pela crise. 

A apresentação da proposta dos curadores é bastante reveladora: “A palavra ‘crise’ é tomada em seu sentido mais instigador e sugestivo, como momento crucial que, diante de uma mudança brusca de paradigma, exige decisões, posições e imagens novas”. E acrescentam: “não se espera que os artistas que participam desta Bienal ofereçam receitas para enfrentar a crise nem que façam críticas, mas que proponham novos olhares.”

Além da presença de artistas das mais diversas regiões do mundo (são 37 países) e um desenho que optou por descentralizar os espaços de exposição, esta Bienal de Curitiba é marcada pelas chamadas “narrativas fortes”. “Os curadores gerais deram preferência a obras que trabalhassem com o que eles nomearam de ‘narrativas fortes’, ou seja, trabalhos com conteúdo imagético evidente e diretamente relacionado com questões políticas e sociais do capitalismo atual.”, analisa o paranaense Artur Freitas, um dos curadores convidados para esta edição. 

A programação inclui palestras, mesas- redondas, exposições, cursos, oficinas, mostra de filmes, perfomances e interferências urbanas que vêm ocupando os principais espaços culturais e museus da cidade; e também galerias subterrâneas, praças, ruas e parques.”
Imagem: Ghana Gold - Da Money, do fotógrafo nigeriano George Osodi
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