Neon Genesis Evangelion

Duanne Ribeiro, Digestivo Cultural


“Desde outubro, o mangá Neon Genesis Evangelion está sendo republicado pela editora JBC - é a chance de conhecer ou redescobrir uma das franquias mais relevantes dos quadrinhos e da animação japonesa. No Japão, a HQ foi lançada em fevereiro de 1995, como um modo de divulgar sua versão em animação, e ainda não foi concluída. O anime, exibido a partir de outubro daquele ano e encerrado em 1996, alcançou sucesso e repercussão; em 2007, foi considerado por um agência do Ministério de Educação japonês como o melhor de todos os tempos. A série pode ser comparada a Sandman, de Neil Gaiman; Watchmen, de Alan Moore; ou Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller - na medida em que também representa um salto de maturidade dentro de seu gênero.

Como Miller e Moore quanto aos quadrinhos americanos, Evangelion lida com uma forma japonesa típica - enquanto os primeiros releem o conceito de super-herói, a série faz uso do gênero dos mecha, isto é, robôs gigantes, controlados por humanos. Como Gaiman, seu mundo é criado em diálogo com referências culturais diversas - se ele cria sua fantasia a partir de múltiplas mitologias, ela recorre principalmente à tradição judaico-cristã. O núcleo da produção, no entanto, não está ai; além da ficção científica e do fantástico, seu foco está no relacionamento humano, nos abismos da relação do indivíduo consigo e com os outros.

Os principais artistas na produção de Evangelion são Hideaki Anno e Yoshiyuki Sadamoto. Sadamoto fez o design de personagens para o anime e produz a adaptação em mangá. Além disso, é um dos fundadores do estúdio Gainax, responsável pelo desenho animado. Já Anno foi o diretor da animação. Seu talento foi revelado pelo trabalho com Hayao Miyasaki - um diretor conhecido no Brasil para além de nichos, por obras como A Viagem de Chihiro - para o qual foi animador em Nausicaä do Vale do Vento.

A história se dá em um cenário distópico. No ano 2000, a Terra é atingida por um meteoro; a catástrofe, que fica conhecida como "Segundo Impacto", reduz a população mundial pela metade. Quinze anos depois, ainda em processo de recuperação, a raça humana é ameaçada novamente, por imensas criaturas, resistentes a todo tipo de ataque convencional e evidente objetivo de destruição: os "anjos". Para confrontá-los, haviam sido criados os EVAs, andróides que precisam ser pilotados por adolescentes específicos, com características necessárias para a "sincronização" com os robôs. A relação entre o cataclismo, a chegada dos monstros e a prontidão visionária dessas novas "armas" serão depois esclarecidos, assim como a razão do uso de um nome cristão para nomeá-los.”
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