Coisas que não fiz neste ano e, com certeza, não farei no próximo


Eberth Vêncio, Revista Bula

“Parar com esta mania chata de fazer listas.

Cumprir nem metade do planejamento estratégico.

Deixar de escrever pra Revista Bula.

Amar o próximo como a mim mesmo. Eu não faria uma sacanagem desta com o próximo.

Conjugar o verbo amar com a mesma naturalidade que faço com o verbo comer.

Aprender a tocar sax. Nesta idade, não tenho mais fôlego para tanto. Quem sabe, uma gaita ou um apito de caçar marrecos.

Caçar marrecos. Atirar num pássaro. Manter algum deles preso numa gaiola.

Compreender a mente de uma mulher e como funciona uma torre de controle do tráfego aéreo de um aeroporto como o de Miami.

Simplesmente aceitar que as pessoas mentem mesmo, que tudo isto é normal, meu chapa.

Jogar moedas na mão de um pobre coitado. Lavar as mãos.

Molhar a mão de um guarda de trânsito. Prefiro a multa.

Destravar os vidros e as portas do carro ao parar no semáforo. Nunca se sabe do que são capazes aqueles mendigos. Vai que eles roubam o pouco de dignidade que ainda resta.

Comprar, ler e indicar um best-seller. Se me virem com o livro do Padre Marcelo no sovaco, mandem-me à internação, ao exorcismo ou à extrema-unção.”
Artigo Completo, ::Aqui::

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