Antonio Tozzi, Direto da Redação
“Os donos e executivos de agências de
viagem estão esfregando as mãos de contentamento. Afinal, faz quase vinte anos
que eles não vendiam tantas passagens e pacotes turísticos para os Estados
Unidos como este ano. Segundo dados da ABAV (Associação Brasileira dos Agentes
de Viagem), 2011 pode ser equiparado a 1994, após a implantação do Plano Real
que estabilizou a economia e instituiu a paridade entre dólar e real. Em meados
da década de 90, era comum vermos hordas de adolescentes caminhando por Miami e
Orlando comandados por guias turísticos.
De lá para cá, muita coisa mudou. A
primeira delas, com certeza, foi a velocidade da informação. Hoje, os
compradores chegam aqui sabendo o que querem comprar, quanto vão pagar e em que
lojas desejam comprar. Naquela época, tornaram-se famosos casos de pessoas que
levavam para o Brasil mercadorias com defeitos, que não funcionavam e tudo sem
garantia. Ou seja, eram lesados. Para tristeza nossa, os principais autores
desta pilantragem eram lojistas brasileiros que montavam suas lojinhas no
centro de Miami e se aproveitavam da ingenuidade dos turistas neófitos para
empurrar produtos de qualidade duvidosa – muitas vezes com a cumplicidade de
alguns guias turísticos, que recebiam gorjetas pelas indicações. Criou-se até
mesmo a lenda de comerciantes embalavam tijolos em vez de aparelhos de vídeo
cassete. E o lesado somente descobria isto quando abria o pacote...no Brasil!
A revolução tecnológica, no entanto,
alterou o cenário. Atualmente, a maioria dos jovens brasileiros de classe média
fala inglês e, como dissemos, mantém-se perfeitamente informada sobre os preços
praticados aqui em comparação com aqueles cobrados no varejo brasileiro.
Outro fator que está contribuindo para essa
invasão é a boa vontade dos consulados americanos no Brasil. Antes, tão zelosos
na hora de conceder um visto, hoje estão distribuindo vistos como pães quente
porque sabem que os brasileiros formam o maior contingente de turistas. E não
só em quantidade como também em valores gastos nas compras e nos setores
hoteleiro e de entretenimento.”
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