Do esgoto para a geladeira

José Inácio Werneck, Direto da Redação

“Uma das notícias mais estranhas que li recentemente na imprensa americana dá conta de que o rio Colorado, aquele que conhecemos tão bem de “westerns” mostrando o Grand Canyon, não alcança mais o mar. Suas águas são desviadas ao longo do curso de tal forma que ele simplesmente transforma-se em uma série de poças rasas no meio de um deserto mexicano.

 A notícia me faz lembrar que a escassez de água doce no mundo pode se transformar em mais uma fonte de confrontos e até guerras. O México não está satisfeito com o fato de que apenas 10% das águas do rio Colorado chegam agora ao seu território.

 Por causa disto, escrevi aqui no Direto de Redação, em fevereiro de 2007, que estudos vem sendo feitos para aproveitar as águas servidas, reciclando-as para consumo público.

 Sim, estamos falando de águas de esgotos, de privadas, aquela mesma que desce na descarga de sua latrina, leitor. Ela pode ser depurada a tal ponto que praticamente se iguala à água destilada, a água quimicamente pura, que cai do céu em forma de chuva.
 Aliás, a água de esgoto tratada pode ser ainda mais pura do que a água da chuva, pois a água da chuva, ao descer, entra em contato com impurezas na atmosfera. O grande problema é o psicológico: como convencer as populações a aceitar a ideia de beber água da privada?

 A Austrália, que eu saiba, foi o primeiro país a tratar seriamente do problema, no árido Estado de Queensland. Começaram a usar as águas servidas - mas tratadas  - em irrigação na agricultura, mas agora, até onde chega meu conhecimento, passaram a utilizá-las também como água de beber.”
Artigo Completo, ::Aqui::

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