Leila Cordeiro, Direto da Redação
“A chamada trilogia maldita da TV
brasileira é formada por segmentos que garantem a audiência, apesar de tudo. São
as novelas onde prevalecem o mau-caratismo, a bandidagem, a violência .Os shows
de realidade que mostram até onde pode chegar a vaidade, o oportunismo, o
escracho e a baixaria do ser humano. E os programas policialescos onde o que
vale é o mundo cão com todas as suas nuances chocantes e absurdas conduzidas por
bizarros apresentadores.
Pronto. Esse é o panorama geral da nossa
televisão. Cada emissora segue um ou mais de um desses filões.
Aparentemente fora dessa disputa pelo mais
grotesco, vai o SBT navegando em outras águas. A emissora de Silvio Santos
parece não se preocupar em entrar nessa disputa e mantém seu público fiel com
Chaves, o anti-herói mexicano, e as passionais novelas mexicanas. Silvio não
tem nenhum pudor em repetir à exaustão os novelões como Maria do Bairro, que
tem como estrela maior a cantora Talia quando era ainda menor de idade. Imagine.
Mas é nos programas de auditório que o SBT
é imbatível. Com seu domingo festivo, Silvio transita absoluto entre suas
"colegas de trabalho" e não está nem aí para a breguice, aliás ele
consegue ser brega com elegância e há anos cativa o público com essa dualidade.
No SBT ninguém liga muito se o cenário está
colorido demais ou cheio de informações confusas, o que vale é dar o recado
divertindo o telespectador e a quem vai assistir aos programas no próprio
auditório. É visível que não existe ali muita preocupação com o visual, pois
quem faz a festa são os profissionais.
Nenhum deles vem do jornalismo ou de algum
tipo de programação que engesse e limite a criatividade. Silvio, experiente
como ele só, acaba ficando mesmo com aqueles que ele sabe que nasceram do
improviso e foram jogados no palco por ele depois de serem descobertos por seu
olho clínico.”
Artigo Completo, ::AQUI::
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