Carlos Willian Leite, Revista Bula
“É consensual que o maior goleiro da
história do futebol brasileiro é Gilmar dos Santos Neves. Com Pelé fazendo os
gols e Gilmar impedindo os gols dos adversários, o Santos ganhou títulos
nacionais e internacionais, tornando-se um dos primeiros times galácticos. Na
seleção era a mesma coisa: o Brasil tornou-se bicampeão com Gilmar e Pelé. Ele
foi “eleito pela revista francesa ‘Paris Match’ o melhor goleiro da história do
futebol mundial”, diz o jornalista Paulo Guilherme, autor do excelente livro
“Goleiros — Heróis e Anti-Heróis da Camisa 1” (Alameda, 285 páginas). Sim, superou o
soviético Liev Yashin, o Aranha Negra. Como era um gênio das traves, autor de
pontes admiradas em todo o mundo, Gilmar era apontado como quase
insubstituível. Porém, como estava “velho” e quase sempre machucado, a seleção
de 1970 precisava de um “grande” goleiro. Havia Félix, que se consagrara no
Fluminense, mas tinha 32 anos e “apenas” 1,76m. “Velho” e, para os padrões
mesmo nacionais, “baixo”. Félix morreu há duas semanas, aos 74 anos.
Ao assumir como técnico da seleção, João
Saldanha bancou Félix. Nas eliminatórias, em seis jogos, o goleiro sofreu
apenas dois gols. Mas o mesmo Saldanha o afastou quando a seleção perdeu para o
Atlético Mineiro por 2 a
1, alegando que não era robusto o suficiente para enfrentar os fortes atacantes
europeus. Ado, alto e com pinta de galã, “ganhou” a vaga. Entretanto, com
Zagallo no comando técnico, como substituto de Saldanha, Félix foi reintegrado
à equipe e se tornou titular. Zagallo ficou com sua experiência. Ado tinha 24
anos e Leão, quase 21.
Embora “baixo”, Félix tinha elasticidade,
senso de colocação e rapidez. Na Copa de 70, no México, não envergonhou. No
jogo contra a poderosa Inglaterra, atuou sob forte pressão, pois o técnico
britânico havia espalhado que “não sabia sair do gol” e jornais brasileiros
“compraram” a versão. O goleiro foi uma das estrelas do jogo e o Brasil ganhou.”
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