Urariano Mota, Direto da Redação
“O que conto
agora se passou antes da última renúncia do Papa. Em 2005, Daniela Mercury
anunciou um show, que não houve, no Vaticano.
Por quê? Ora, dias antes,
Daniela se apresentou ao Papa Bento XVI, que estranhou a informalidade da
artista. Para Seu espanto, a brasileira veio mal vestida. A blusa de Daniela
fazia um caridoso decote, numa versão moderna do “amai-vos uns aos
outros”, e as pernas, aquelas tentadoras pernas que fizeram Ray Charles
ver, estavam mal cobertas. Então o Santo Bento XVI lhe fez um sinal, que em
piedosa liturgia quis dizer, “ajoelha-te, pecado”.
Foi pior. Daniela se
ajoelhou na forma com que agradece os aplausos, com uma mesura, e os seios e
curvas mais apareceram. O Papa virou o rosto, mas encontrou o sorriso de
um cardeal, que parecia dizer “Qui nescit dissimulare, nescit regnare”. Isso
não é, como parece, “que néscio dissimular, néscio reinar”, mas “Quem não sabe
dissimular, não sabe reinar”.
Então o Papa ordenou que ela
se levantasse.
- Vossa Santidade – quis
falar Daniela, mas o “vossasan” veio como um batuque. Na boca de Daniela, Vossa
San lembrava mais um grito de festa, ao som de tambores. – Vossasan!!!....
O Papa não saltou do trono,
mas concedeu que ela continuasse. Daniela percebeu o ridículo do tratamento que
não se harmonizava com o seu modo pop de ser. E assim consertou, para não
concertar:
- Você, Santidade... -
“Vocêsan!” lhe ocorreu, e viu a multidão na praia explodir. – O Senhor... - E
para sair de vez dessas formas estúpidas, ela ofereceu ao Papa uma caixinha embrulhada
em papel carmim, com laço da mesma cor, digna do posto de cardeais.
- Um presente, Senhor Papa.”
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