“Marcelo Carneiro da cunha, Terra Magazine
/ Zagueiro
Estimados foliões, aaaaô a todos. Cá na
Mansão Carneiro da Cunha, onde Momo jamais pisou ou reinará, e samba no pé ou
rebolados de quaisquer espécie são forças desconhecidas, carnaval sempre foi e
sempre será, uma abstração.
Mas no mundo aí fora ele existe, e como. De
Salvador me informam que a dança desse ano envolve uma falsa loira, uma garrafa
e litros de gel. Os relatos de Olinda me informam que o Homem da Meia Noite, do
Meio Dia, ou da Madrugada, agora me confundo, sairá, com sempre, como se isso
fizesse alguma diferença para sulistas-sudestistas sem a menor vocação pra
festejar o maior show da terra.
Do Rio fico sabendo que a farra vai rolar
no camarote da Devassa, o que aliás, não parece menos do que a obrigação, – e
tudo, tudo, tudo segue na mais santa normalidade.
Ah, e em todos, todos eles, vejo sem nem
precisar olhar, vai sobrar mulher em trajes sumários, sumérios, ou uma dessas
antiguidades.
Isso, estimados leitores, já é notícia
antiga.
O carnaval, ao menos no que ele se
transformou, é a festa da carne. O carnaval também é uma festa masculina, ou,
pelo menos, criada e roteirizada por homens. Nele, as mulheres são uma parte
importante, fundamental, essencial, mas coadjuvante. O papel que elas
desempenham não foi criado por elas e a fantasia que elas realizam, e por isso
os trajes, por mais prazerosa que possa ser para todos os envolvidos, é
masculina.”
Artigo Completo, ::AQUI::
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