Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação
“Enquanto
o noticiário internacional segue focado na eleição do novo chefe da Igreja
Católica, Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, o mundo gira também com a
ocorrência de fatos importantes.
As polêmicas sobre a
participação de Bergoglio no período ditatorial da Argentina, a partir da queda
da Presidente Isabel Perón em março de 1976, continuam. As opiniões se dividem
entre os críticos e os que o condenam, se não pela colaboração com o regime
hediondo, mas pela omissão, inclusive em relação ao roubo de bebês filhos de
presos políticos.
O Papa Franciso
ganhou um importante defensor: o Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Perez Esquivel e
recebeu elogios de Dom Pedro Casaldaglia, um dos idealizadores da Teolgia da
Libertação, da qual o Bispo Bergoglio foi ferrenho opositor.
Mais do que
adjetivos, como se trata de um fato consumado, ou seja, a proclamação de um
novo Papa, resta agora aguardar como será a sua gestão no Vaticano. Se
acompanhará o ritmo das importantes transformações que estão a ocorrer no
continente latino-americano ou se alinhará com as forças conservadoras, setores
onde também se agrupam os que no passado apoiavam regimes autoritários
responsáveis por torturas e assassinatos, que na Argentina chegaram a 30 mil
desaparecidos.
Independente da polêmica, o Vaticano
cometeu um erro imperdoável ao convidar Carlos Blaquier, dono do engenho
Ledesma, para a posse do novo papa. Ele aceitou o convite, mas o Poder
Judiciário não permitiu sua saída. Blaquier está sendo julgado pelo sequestro
de 29 trabalhadores de sua empresa, que foram encaminhados para os centros
clandestinos de tortura.”
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