16 tipos de beijos e um desejo desesperado


Graça Taguti, Revista Bula

“De imediato, basorexia é um termo que me lembra de uma palavra que eu ouvia vez por outra nos meus tempos de infância em Madrid, onde nasci. “Basura”, que simplesmente em espanhol significa lixo. Vamos combinar que a princípio, ao menos, basorexia não sugere nenhum detrito, nada fétido ou escatológico por exagero. Pois estamos falando do desejo, da compulsão mesmo irrefreável de beijar. Beijar muito. Beijar enlouquecidamente. Beijar sem parar.

Antes de tudo, vamos decifrar a foto acima cuja fama atravessa os tempos. Publicada na revista americana Life, foi tirada por Alfred Eisenstaedt em 14 de agosto de 1945 na Times Square, em Nova York. A imagem mostra um marinheiro beijando uma enfermeira em comemoração ao término da Segunda Guerra Mundial.

Voltando à nossa conversa, agora de mãos dadas com uma curiosidade minha: alguém dentre vocês sofre desta deliciosa mania — que embora possa assumir tons neblinados, plúmbeos até, se quisermos ser mais graves, de uma doença — pela falta de conveniência, de savoir faire talvez, como sugeririam os franceses, é inegavelmente irresistível.

Primeiramente, ressaltemos, visando inclusive à prospecção de controvérsias, que o beijo hoje — aquele caprichado, malemolente, coleante e succional, feito aderência de caracol grudado em vidro, ósculo explícito como os do peixe beijador, abrindo e fechando no aquário sua despudorada e rósea boquinha — anda um tanto mofado, abandonado, esquecido nas bocas viçosas. Anda ensimesmado e amarrotado, o pobrezinho do beijo.”
Artigo Completo, ::AQUI::

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