O que é felicidade, cambada?


Eberth Vêncio,  Revista Bula

“Uma comitiva composta por uma louca, uma bicha louca, um deputado evangélico, um pastor alemão, um cão dos infernos, um padre exorcista, uma alma penada, três mulheres peladas, um palhaço deprimido e um escritor medíocre em busca de reconhecimento viajou na maionese por vários países do planeta com uma incrível missão a tiracolo: descobrir, preferencialmente, de uma vez por todas, o que fosse aquela tal felicidade?

Antes de embarcarem na barca furada, o grupo fez uma rápida checagem interior a respeito do tema. Na visão da louca (numa de suas várias visões diuturnas, aliás), felicidade era poder encontrar uma floresta no caminho com quem pudesse conversar.

A bicha louca deixou de chiliques e argumentou que felicidade era um deputado da bancada evangélica beijar na boca um deputado da bancada ruralista em plena Comissão de Direitos Humanos e Minorias no Congresso Nacional. “Um luxo, gente”.

O deputado evangélico, em tom meio profético-ameaçador, aplacou a ira homofóbica do eleitorado ao apregoar que felicidade era contar com a mira sempre certeira da pistola divina contra pragas blasfemadoras da música pop como o John Lennon e Os Mamonas Assassinas.

O pastor alemão, tamanha a sua intolerância, latiu umas palavras que ninguém entendeu, portanto, ficou fora da enquete.

O cão dos infernos, após urinar na pilastra de uma igreja, afirmou numa profecia dantesca que a felicidade era saber que Jesus estava voltando, mas que o capeta nunca saíra daqui, portanto, estava tudo dominado.”
Artigo Completo, ::AQUI::

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