Salatiel Soares Correia, Revista Bula
“O Leopardo”, de
Tomasi di Lampedusa, publicado postumamente e popularizado pelo gênio do
cineasta italiano Luchino Visconti, narra a decadência da nobreza e a ascensão
de uma nova classe na Itália do final do século 19, endinheirada, destituída de
sangue azul, mas ávida para comprá-lo
O mal deve ser feito de uma só vez, ao passo que o bem deve ser feito aos poucos; deve-se ver a realidade tal como é, não como se deseja que seja; quem governa deve ser temido pelos adversários e amado por quem é o responsável pela sua manutenção no poder — o povo.
São ensinamentos como esses que fizeram de
“O Príncipe” uma leitura de cabeceira de vários poderosos pelo mundo afora. Napoleão
Bonaparte, ex-imperador da França; ChurchilL, ex-primeiro ministro da
Inglaterra e Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República do Brasil e
tantos outros que surfaram nas ondas do poder sempre tiveram esse clássico da
ciência política bem perto de si.
Assim, se, por um lado, ser maquiavélico se
relaciona a esperteza, astúcia, a aleivosia e a maldade, por outro, de uma
maneira mais ampla, os ensinados de Maquiavel constituem uma lição para políticos
no que diz respeito à arte de se manter no poder.
Outro importante aspecto enfatizado pelo
sábio florentino em seus escritos se refere a um momento em que uma velha ordem
de valores é contestada e as sociedades entram em conflito para que surja uma
nova ordem, diferente da antiga. Para ele, “devemos convir que não há coisa
mais difícil de se fazer, mais duvidosa de se alcançar, ou mais perigosa de se
manejar do que ser o introdutor de uma nova ordem, porque quem o é tem por
inimigos todos aqueles que se beneficiam com a antiga ordem, e como tímidos
defensores todos aqueles a quem as novas instituições beneficiariam”.
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