#vaitercopa, Santiago

"A melhor resposta que o Brasil pode dar à morte trágica do cinegrafista é uma Copa de festa e paz

Leonardo Attuch, Brasil 247

Santiago Andrade, cinegrafista da Rede Bandeirantes covardemente assassinado por black blocs, não pode ter morrido em vão.  Sua memória será honrada se os brasileiros puderem lembrá-lo e homenageá-lo em cada jogo da Copa do Mundo de 2014. Espera-se que, até junho deste ano, o Brasil tenha sido capaz de despertar da inércia e do torpor diante da baderna e do quebra-quebra patrocinados por grupos radicais.

O gigante deve acordar, mas para tomar providências sérias e concretas a fim de conter a destruição iniciada nas “jornadas de junho” do ano passado. Uma iniciativa pode ser a votação, em regime de urgência, do projeto do senador Paulo Paim (PT-RS), que tipifica crimes de terrorismo. Outra, a do projeto defendido por José Mariano Beltrame, secretário de Segurança do Rio de Janeiro, sobre crimes contra a ordem pública.

Sim, quem vai a uma manifestação disposto a quebrar tudo, portando máscaras e explosivos, não merece ser chamado por outro nome: é, simplesmente, criminoso, ainda que tenha sido aliciado por grupos políticos, como parece ser o caso dos jovens Fábio Raposo e Caio Silva de Souza, já presos pela morte de Santiago. Uma prisão, aliás, com efeito pedagógico sobre os jovens baderneiros: 150 reais no bolso, valor pago a quem participava de protestos, não valem o risco de 35 anos de cadeia.

Além da família e do jornalismo, Santiago tinha duas paixões: o futebol e o samba. Dentro de poucos meses, quando milhares de turistas do Brasil e do mundo estiverem nas cidades-sede da Copa, as autoridades terão o dever de garantir a ordem. Não se trata de um favor, mas de uma obrigação do Estado, uma vez que tanto os torcedores daqui quanto os de fora merecem uma Copa de paz e de celebração.

Com nove milhões de ingressos já demandados, a Copa de 2014 bateu os recordes de todos os mundiais anteriores. Segundo o presidente da Fifa, Joseph Blatter, o Brasil será um “grande anfitrião”. Cabe ao governo Dilma, em parceria com os governos estaduais, evitar que radicais pagos estraguem a festa, transmitindo a seguinte mensagem: #vaitercopa, Santiago."

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