Ibope sugere que Lula-18 é mais forte que Dilma-14 no 1° turno. Ipsos, também


por Fernando Brito, Tijolaço -

Evidente que não se pode fazer projeções de resultados nacionais com base, exclusivamente, no levantamento de 12 estados feito pelo Ibope e publicado a noite passada pelo Tijolaço, numa exclusividade devida apenas ao desinteresse da mídia, que pagou por ele, em dar a conhecer seus resultados. Mas pode-se, com toda a segurança inferir tendências.

Em nove dos 12 estados pesquisados o desempenho de Lula vai além do obtido por Dilma Rousseff no primeiro turno das eleições de 2014. E, no mais importante numericamente, o Ceará, onde Dilma teve 68% dos votos válidos e Lula tem 64%, a pequena diferença é explicável pela presença de Ciro Gomes na disputa, onde alcança 17% dos votos válidos.

A rigor, com os ganhos que se projeta no Estado de Pernambuco, onde, pelo apoio do clã Arraes, Marina Silva saiu vencedora, tudo indica que o resultado de Lula no Nordeste, no primeiro turno, será superior ao obtido pela candidata do PT há quatro anos.

São resultados que se alinham com os do grau de aprovação/reprovação divulgado hoje pelo Ipsos/Estadão, onde o ex-presidente aparece disparado em aprovação (47%) muito à frente dos concorrentes Marina Silva (30%), Bolsonaro(24%), Ciro Gomes (18%) e Geraldo Alckmin (17%).

No caso de Lula, pelo grau de polarização, as taxas de aprovação, é correto intuir, aproxima-se do seu potencial de votos, que representa maioria absoluta

Tão importante quanto a pronunciada liderança de Lula é a fraqueza de seus adversários, exceto a de Jair Bolsonaro, que é, nitidamente, o mais expressivo eleitoralmente entre eles. Quanto a este, seu bloqueio não é o de formar um contingente expressivo de apoio, depois de anos de ceva ao ódio, à intolerância e à irracionalidade, mas arrastar para esta monstruosidade a maioria do povo brasileiro.

Observe-se a fraqueza, porém, de Geraldo Alckmin, que nem mesmo consegue repetir – e em boa parte, por conta de Bolsonaro –  o desempenho histórico do tucanato em estados onde sempre venceu ou saiu forte. Mesmo em São Paulo, em pesquisa não simultânea – mas não tão atrasada – ele não chega à metade do que, em 1° turno, de Aécio Neves.

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