por Kiko Nogueira, DCM -
“Gases não podem parar um chefe de estado!” (Janaina Paschoal)
Diretamente de seu quarto no Einstein,
onde está internado desde o começo de setembro após levar uma facada,
Jair Bolsonaro deu mais uma amostra de seu desprezo à Constituição, de
seu despreparo e de sua índole.
Em entrevista ao programa Brasil Urgente,
de Luiz Datena, discorreu abertamente sobre uma tentativa de golpe se
perder a corrida presidencial.
“Não posso falar pelos comandantes [militares]. Pelo que vejo nas ruas, não aceito resultado diferente da minha eleição”, disse.
Farejando o fracasso, declarou que a
única possibilidade de vitória do PT viria pela “fraude” e afirmou sua
desconfiança de “profissionais dentro do Tribunal Superior Eleitoral”.
“Em 2015, eu aprovei o voto impresso, mas
o Supremo derrubou. Não temos como auditar o resultado disso. A
suspeição estará no ar. Se você ver (sic) como eu sou tratado na rua e
como os outros são tratados, você não vai acreditar. A diferença é
enorme”, falou.
A ameaça tem que ser repudiada
publicamente pelo TSE, pelo STF, pelos outros candidatos e pelas
instituições que ainda funcionam e se dêem ao respeito no Brasil.
É um golpista emulando outro. Aécio Neves aguardou a derrota para atirar o país no lixo.
Bolsonaro procura fazer isso desde já.
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